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Estado

Greve dos Correios começa em Santa Catarina após impasse nas negociações

Paralisação protesta contra retirada de direitos e atinge trabalhadores em todo o estado, causando atrasos em serviços de entrega.

Luan

Luan

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Os trabalhadores dos Correios em Santa Catarina iniciaram uma greve nesta quarta-feira (17), aderindo a um movimento nacional da categoria. A paralisação ocorre em resposta a mudanças propostas pela empresa que, segundo os sindicatos, representam retirada de direitos históricos dos funcionários.

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De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect/SC), o principal pedido é a manutenção integral das cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho. A entidade afirma que os empregados também reivindicam reajuste salarial e dos benefícios com aplicação retroativa, melhorias no plano de saúde, garantia de que não haverá fechamento de unidades e a preservação dos postos de trabalho, sem demissões.

Ainda conforme o sindicato, as propostas apresentadas pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) geraram forte insatisfação entre os trabalhadores. Entre os pontos mais criticados estão o fim do vale extra, a redução de 70% no adicional de férias, mudanças no plano de saúde sem a manutenção direta da empresa, a não ampliação da entrega no período da manhã e a adoção do sistema de distritamento sem a convocação de aprovados em concurso público.

Diante do cenário, os trabalhadores se reuniram em assembleia na terça-feira (16) e decidiram pela deflagração da greve. O movimento busca pressionar a direção dos Correios a retomar as negociações e rever as medidas propostas.

Em nota, a estatal informou que, apesar da paralisação, os serviços não foram afetados até o momento e que a empresa segue empenhada em construir um consenso com as representações dos empregados. A mobilização segue por tempo indeterminado, enquanto as negociações não avançam.

Confira a nota na íntegra

“Os Correios informam que todas as suas agências estão abertas e as entregas seguem sendo realizadas em todo o território nacional. Atualmente, cerca de 91% do efetivo da empresa está em atividade. Dos 36 sindicatos que representam os trabalhadores da estatal, 24 não aderiram ao movimento de paralisação. A adesão registrada é parcial e localizada, com concentrações em estados como Minas Gerais (MG), Mato Grosso (MT), Paraíba (PB), Paraná (PR), Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), São Paulo (SP) e Ceará (CE).

Para mitigar eventuais impactos operacionais, a empresa adotou medidas contingenciais que garantem a continuidade dos serviços essenciais à população.

Os Correios reafirmam seu compromisso com o diálogo responsável, a sustentabilidade da empresa e a preservação dos empregos. A estatal permanece empenhada na construção de um consenso com as representações dos trabalhadores, sob a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A empresa segue à disposição dos clientes pelos canais de atendimento: 4003-8210 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800-881-8210 (demais localidades)“.


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